Avião foi entregue nesta 2ª feira (15.dez.2025) em São José dos Campos (SP) e passará por nacionalização antes de operar voos comerciaisAvião foi entregue nesta 2ª feira (15.dez.2025) em São José dos Campos (SP) e passará por nacionalização antes de operar voos comerciais

Azul recebe o 39º jato Embraer E195-E2 da frota

2025/12/16 04:42

A Azul Linhas Aéreas informou ao Poder360 que recebeu o 39º avião Embraer 195-E2 de sua frota nesta 2ª feira (15.dez.2025). A aeronave, de prefixo PS-ADL, foi entregue pela fabricante em São José dos Campos (SP) e ainda passará pelos trâmites de nacionalização antes de iniciar os voos comerciais.

Após a entrega, o jato segue na 3ª feira (16.dez.2025) para Montevidéu (Uruguai) e depois para Confins (MG), rota utilizada para concluir etapas regulatórias exigidas pela aviação civil brasileira. Só depois desse processo o avião poderá ser escalado para a malha da companhia.

O E195-E2 faz parte do processo de renovação da frota da Azul, que busca substituir aeronaves mais antigas por modelos com menor custo operacional. Segundo a empresa, o avião tem redução de 26% no Cask (custo por assento-quilômetro) em relação à geração anterior, o que tende a aliviar despesas em um cenário de margens pressionadas no setor aéreo.

“O E2 é uma aeronave-chave dentro do nosso planejamento de frota, porque combina eficiência, desempenho operacional e redução de custos. Essa nova entrega reforça a estratégia da Azul de manter uma frota moderna e alinhada às necessidades do nosso crescimento, com uma redução significativa de CASK, entre outros ganhos de eficiência quando comparado à geração anterior”, afirmou , diretor de Frota e Programas de Aeronaves da Azul.

Atualmente, a Azul opera uma frota majoritariamente composta por aviões da Embraer e da Airbus. A incorporação de aeronaves mais novas também reduz a idade média dos aviões em operação, fator que impacta consumo de combustível, manutenção e regularidade dos voos.

Produzido no Brasil, o Embraer 195-E2 comporta até 136 passageiros e é equipado com motores de nova geração. De acordo com a fabricante, o modelo emite até 29% menos CO₂ do que o antecessor e tem menor nível de ruído, características que vêm sendo usadas pelas companhias aéreas como argumento para eficiência ambiental e econômica.

COBRANÇAS DO GOVERNO

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou as companhias aéreas brasileiras por não priorizarem a compra de aviões da Embraer e afirmou que o Brasil deixa de criar empregos e tecnologia ao optar por fabricantes estrangeiros.

“Você sabe quem falta descobrir o avião no Brasil? Os brasileiros. As empresas que voam aqui no Brasil precisavam descobrir a Embraer”, disse Lula durante a inauguração da sede da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), em Brasília.

Segundo o presidente, a escolha por modelos de fabricantes estrangeiros limita o potencial produtivo da indústria nacional. “Porque se a Embraer vendesse os aviões, que eles compram da Boeing, a Embraer poderia produzir o dobro de avião”, afirmou.

Lula ressaltou o bom desempenho da fabricante brasileira no mercado internacional –em especial na China e na Índia– e destacou que a empresa atende plenamente às necessidades do mercado doméstico.

“Os aviões da Embraer oferecem todas as exigências que nós precisamos para percorrer os 8 milhões e meio de quilômetros quadrados que nós temos”, declarou.

EMBRAER NO BRASIL

A Azul Linhas Aéreas é hoje a companhia com maior número de aviões da Embraer em operação no país, além da maior operadora da família E2 no Hemisfério Sul.

A empresa recebeu 39 aeronaves E2 desde 2019 e opera jatos da Embraer desde o início de suas atividades, em 2009. Os modelos são usados principalmente em rotas domésticas e regionais, com foco em eficiência operacional, menor consumo de combustível e redução de emissões de CO₂.

Já Latam Airlines iniciou recentemente a incorporação dos jatos da fabricante nacional à sua frota.

Em setembro, a aérea anunciou a compra de até 74 aeronaves do modelo E195-E2, sendo 24 pedidos firmes e 50 opções de compra. As primeiras entregas estão planejadas para o 2º semestre de 2026 e marcarão a estreia dos aviões da Embraer na frota do grupo, que hoje é composta majoritariamente por modelos da Airbus e da Boeing.

No mercado doméstico, apenas a GOL Linhas Aéreas não opera nem tem anúncios envolvendo aeronaves da fabricante brasileira.

O governo federal tem defendido uma ampliação do uso de aeronaves produzidas no país. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), a meta é elevar a participação da Embraer na aviação comercial brasileira de cerca de 12% para mais de 20% até o fim do 3º mandato do presidente Lula.

Para efeito de comparação, ele citou que nos Estados Unidos 50% da frota é Boeing, e na França, 49% é Airbus.

De acordo com o ministro, a compra anunciada pela Latam deve elevar essa fatia para algo próximo de 18%, enquanto negociações seguem em curso com a GOL para a eventual inclusão de aviões da Embraer em sua frota.

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