O número de imóveis sem energia elétrica na cidade de São Paulo e na região metropolitana voltou a crescer depois do início de uma nova chuva na tarde desta 3ª feira (16.dez.2025). Poucos minutos antes da precipitação, cerca de 20.000 unidades estavam sem luz. Com a chuva, o total subiu para 78.831, sendo 50.498 na capital paulista, às 17h39.
A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu um alerta para chuva forte nesta 3ª feira, com raios e possibilidade de granizo, na Grande São Paulo, por causa do risco de alagamentos e queda de árvores.
A alta se dá depois de dias de redução gradual no número de interrupções desde o vendaval associado a um ciclone extratropical que atingiu a capital e municípios vizinhos na 4ª feira (10.dez). No dia do vendaval, 2 milhões de pessoas ficaram sem luz na região metropolitana.
Na noite da 2ª feira (15.dez), às 20h06, a cidade de São Paulo registrava 44.591 imóveis sem fornecimento de energia. Já na manhã desta 3ª feira (16.dez), o número havia caído: a Enel informou que 30.582 imóveis sem luz na região metropolitana, com maior impacto na capital, seguida por Cotia e Osasco entre os municípios mais afetados.
Nesta 3ª feira (16.dez), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD) se reuniram e decidiram que vão tentar interromper o contrato de concessão da Enel, empresa italiana que fornece energia para cidades do Estado.
No domingo (14.dez), a distribuidora afirmou que restabeleceria o fornecimento até o fim do dia, o que não foi feito. Na 6ª feira (12.dez), o Tribunal de Justiça de São Paulo já tinha determinado a retomada do serviço em até 12 horas, sob pena de multa de R$ 200 mil por hora de descumprimento, com prazos menores para locais considerados essenciais.
A Enel atribui as dificuldades aos ventos intensos provocados pelo ciclone extratropical e afirma ter mobilizado cerca de 1.800 equipes. Segundo a empresa, mais de 3,1 milhões de clientes já tiveram o serviço restabelecido desde o início da ocorrência.
O Procon-SP multou a Enel Distribuição São Paulo em R$ 14,3 milhões por falhas na prestação do serviço de energia elétrica na capital paulista.


