Bitcoin cai para US$87 mil em meio a turbulência econômica global. Saiba como dados de emprego dos EUA, pressões geopolíticas e mudanças regulatórias impactam oBitcoin cai para US$87 mil em meio a turbulência econômica global. Saiba como dados de emprego dos EUA, pressões geopolíticas e mudanças regulatórias impactam o

Bitcoin Cai para US$87 Mil em Meio a Turbulência Global: Mercados Enfrentam Pressão de Juros e Disputa Geopolítica

2025/12/17 13:31

Bitcoin Recua 2% Enquanto Mercados Globais Enfrentam Incerteza Econômica

O Bitcoin registrou queda de aproximadamente 2% nas últimas 24 horas, negociando próximo a US$87 mil após não conseguir se manter acima de suportes recentes. A criptomoeda estende uma sequência de perdas de quatro dias, refletindo um cenário de aversão ao risco que afeta não apenas o mercado cripto, mas toda a economia global.

Segundo dados de mercado, os ETFs de Bitcoin registraram saídas significativas de US$357,6 milhões, lideradas pela Grayscale, sinalizando movimento de realização de lucros e cautela entre investidores institucionais. Analistas apontam que o próximo nível crítico de suporte está em US$84 mil, com risco de queda mais profunda até US$74 mil caso esse patamar seja rompido.

Ethereum Acompanha Fraqueza do Bitcoin em Mercado Correlacionado

O Ethereum segue a trajetória descendente do Bitcoin, pressionado pela mesma dinâmica de mercado. Sem notícias específicas de eventos on-chain de grande impacto, o ETH permanece correlacionado ao movimento do BTC, dependente da recuperação do sentimento geral do mercado cripto.

Indicadores técnicos mostram que as médias móveis de curto prazo (EMA 10/20 dias) ainda limitam a recuperação, enquanto indicadores de momento não confirmam uma reversão firme. O cenário permanece desafiador para altcoins enquanto o Bitcoin não recuperar sua força.

Dados de Emprego dos EUA Pressionam Apetite por Risco Global

A divulgação de dados do mercado de trabalho dos EUA foi o principal catalisador para a queda recente. O relatório mostrou criação de 64 mil vagas em novembro, acima das expectativas de 50 mil, reduzindo significativamente as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve em janeiro de 2026.

Esse resultado fortaleceu o dólar globalmente e provocou fuga de capitais de mercados emergentes, incluindo o Brasil. A perspectiva de juros mais altos por mais tempo nos EUA desestimula investimentos em ativos de risco, como criptomoedas e ações de mercados em desenvolvimento.

Ibovespa Despenca 2,4% em Sintonia com Turbulência Global

O mercado financeiro brasileiro não ficou imune à turbulência global. O Ibovespa registrou queda de 2,42%, caindo abaixo dos 160 mil pontos, pressionado por múltiplos fatores: pesquisas eleitorais, ata do Copom sem sinal de corte na Selic e remessas de lucros de empresas estrangeiras que migram investimentos para renda fixa.

O dólar comercial subiu 0,73% para R$5,462, acumulando alta de 2,38% em dezembro, embora ainda caia 11,62% no ano. A volatilidade reflete a tensão entre fatores internos (incerteza fiscal e juros altos) e externos (pressão global por risco).

América Latina Enfrenta Crescimento Modesto em 2025

De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a economia da região crescerá 2,4% em 2025, mantendo a estimativa para o Brasil em 2,5% de PIB. Apesar dessa projeção, a região enfrenta fraqueza na demanda interna, volatilidade comercial e dependência de serviços.

Para 2026, a perspectiva é de baixo dinamismo, com restrições internas e ambiente internacional frágil. O Brasil, como maior economia da região, permanece vulnerável a choques externos e à volatilidade dos mercados financeiros globais.

Geopolítica Redefine Disputa por Recursos Estratégicos

Em paralelo à turbulência econômica, uma reconfiguração geopolítica está em curso. A nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA prioriza o interesse nacional e relações bilaterais sobre multilateralismo, com ênfase em reindustrialização e controle de cadeias críticas.

A competição entre EUA e China por minerais estratégicos e terras raras intensifica-se. A China domina quase 90% do processamento global de terras raras, enquanto o Brasil possui a segunda maior reserva mundial. Essa dinâmica coloca o país sul-americano no centro de uma disputa geopolítica que pode impactar significativamente sua economia e soberania.

SEC Reduz Fiscalização sobre Criptomoedas sob Administração Trump

Em desenvolvimento regulatório importante, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) reduziu significativamente a fiscalização sobre criptomoedas em 2025, dispensando ou pausando quase 60% dos casos desde janeiro. Essa mudança ocorre sob a liderança pró-cripto de Paul Atkins, indicado por Trump.

Atkins afirmou em 15 de dezembro que criptomoedas podem virar “ferramentas poderosas de vigilância” devido à eficiência da blockchain em rastrear transações. Porém, alertou contra um “panóptico financeiro” se mal usadas por governos, enfatizando a importância de preservar privacidade sem impedir combate a crimes como lavagem de dinheiro.

Lei de Estrutura de Mercado Cripto Adiada para 2026

A Lei de Estrutura de Mercado Cripto foi adiada para revisão no Senado em 2026, frustrando expectativas da indústria por avanços regulatórios mais substanciais em 2025. A legislação, focada em liquidez e supervisão dos mercados cripto, pode ser impulsionada pelo apoio de Trump a nomeações democratas.

Enquanto isso, a SEC aprovou o segundo ETP de índice cripto dos EUA, o Bitwise 10 Crypto Index Fund, para negociação na NYSE Arca, sinalizando abertura regulatória para produtos cripto institucionais.

Perspectivas para os Próximos Dias

O mercado cripto permanece em território frágil, dependente de sinais de política monetária dos EUA e recuperação do apetite por risco global. Investidores monitoram atentamente os próximos dados econômicos e comunicações do Federal Reserve.

A convergência de fatores econômicos, geopolíticos e regulatórios cria um ambiente complexo para criptomoedas e mercados emergentes. A próxima semana pode trazer volatilidade adicional conforme o mercado processa as implicações da política monetária americana e da reconfiguração geopolítica global.

Conclusão

A queda do Bitcoin para US$87 mil não é um evento isolado, mas parte de uma dinâmica maior que envolve pressões econômicas globais, mudanças geopolíticas e incerteza regulatória. O Brasil, como economia emergente e detentor de recursos estratégicos, permanece particularmente vulnerável a essas turbulências.

Enquanto a SEC adota uma postura mais favorável às criptomoedas, a realidade econômica global continua desafiadora. Investidores devem manter cautela e acompanhar de perto os desenvolvimentos nos mercados financeiros, políticas monetárias e dinâmica geopolítica nos próximos meses.

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